é hora de voltar

5 Minutinhos

Toca o despertador, eu escuto aquele barulho me tirando do melhor momento do dia, todos os dias. Já é de costume me levantar lentamente e se lembrar de todas as tarefas que eu tenho para cumprir no meu dia tendo a certeza que merecia dormir mais algumas horas, mas para mim bastam alguns minutinhos. Esta manhã é especial, assim como todas as outras. Não pela chuva, mesmo que o friozinho matinal me faça sentir meu cobertor como uma segunda pele que não merece ser tirado de mim, nem mesmo pelo barulho da água batendo na janela, que por tantas vezes me lembra uma canção de ninar enviada pelos céus. Percebo o quão aconchegante está minha cama, tão quentinha e perfeitamente moldada ao meu corpo que me faz lembrar de quando eu nem era nascido enquanto eu reluto à ideia de sair dali por qualquer que seja o motivo.

Logo a ficha vai caindo, pois hoje não é sábado nem domingo e minhas obrigações me chamam. Eu tenho que despertar, levantar, tomar um banho, me trocar, pegar um engarrafamento  e chegar a tempo. Mas é tão bom dormir, entrar no mundo mágico dos sonhos, no meu mundo, com minhas regras, com minhas verdades. Então começo a pensar e meio que automaticamente vou bolando um plano... Procurando 5 minutos em algum lugar, qualquer que seja, mas não tenho duvidas, tenho a mais absoluta certeza que vou encontrar este lugar.

Talvez 5 a menos no banho, 5 a menos no café, talvez eu precise trocar de roupa ou escovar os dentes mais rápido, talvez eu saia de casa sem nem mesmo ter tomado café, com uma fruta na mão ou talvez sejam 5 minutos a mais no atraso e que se danem as regras. Agora eu não sei de onde vão sair, o que eu sei é que eu estava dentro de um ótimo sonho e tenho apenas 5 minutinhos para entrar nele de novo.

Diferente é quem não é

Pois é, um dia eu estava na casa de uma amiga e rolou uma conversa sobre preconceito e afins.
A discussão rolava pra lá e pra cá, mas sempre todos tinham a mesma opinião sobre o assunto...
Não tem pra onde correr, nós vivemos em um mundo onde o preconceito está em tudo, em todos os lugares, toda hora. O problema são os conceitos prévios negativos em relação à raça, religião, etnia, opção sexual, personalidade, gosto musical... Ou seja, coisas que estão no nosso cotidiano e que influenciam diretamente nas nossas vidas. Ninguém gosta de receber uma critica negativa em relação à sua banda favorita, suas crenças, seu time seja lá do que ele for ou até mesmo seu modo de ser. O fato é que todos nós temos opiniões e o direito de expressa-la, mas quem são essas pessoas que saem por ai criticando tudo e todos?

Uma frase me veio a mente: Diferente é quem não é
Entendeu? Pode até parecer complicado, mas com um pouco de esforço você entende o que eu quis transmitir com ela.
Quem é diferente? Quem é normal? O que torna uma pessoa normal, diferente ou louca? Quais são os parâmetros?
Com a globalização, a velocidade com que as informações correm e todos conectados com todos, as culturas começaram a se misturar. Hoje as pessoas aceitam certas “normalidades” que até pouco era absurdas relacionadas a tudo como o modo de se vestir, gêneros musicais, opções sexuais, etc.
As minorias se multiplicaram tanto que ultrapassaram as “maiorias”, transformando o modo de se ver as coisas, fazendo com que todos pertencessem as suas minorias relacionadas a tudo que já citei, fazendo com que todos fossem diferentes, e mais ninguém normal.